Verso de carte de visite. Col. IMS |
Jacques Vigier, natural da província do Reno, na Prússia, teria chegado ao Brasil em 1861 com 22 anos de idade. Entre 1873 e 1878 pode-se seguir a trajetória de Vigier em São Luis do Maranhão. Seu estabelecimento era anunciado como “Photographia Allemã”.
Em abril de 1874 informava aos amigos e “modernos fregueses” que recebera um novo fornecimento de “petrechos” para a sua arte da fotografia, bem como uma magnífica máquina própria para tirar retratos grandes. O mesmo anúncio foi publicado em 38 edições do Diario do Maranhão entre abril e junho. No ano seguinte começou a tirar retratos pelo sistema porcelana “à 12$000 reis a dúzia” e é de sua autoria uma vista da Escola Popular Onze de Agosto tirada nesse período.
Seus anúncios seguiram constantes até junho de 1878, quando informou que se transferiria brevemente para o Pará, o que não foi possível confirmar.
Em 1879 já se encontrava em Campinas, onde teve Henrique Rosen como sócio por um curto período. Partindo este para a Europa a fim de adquirir equipamentos, ficou Vigier à frente do estabelecimento e, no ano seguinte, retirou-se da casa.
No estabelecimento que fundou logo a seguir, teve como seu assistente Sophian Niebler. A casa Vigier era uma das melhores montadas do império, possuindo aparelhos para retratos e paisagens, dos melhores fabricantes modernos como Dalmayer, Voigtlander, Steinheil e outros. Tendo feito uma viagem à Europa, onde visitou os primeiros ateliers fotográficos da Alemanha, Áustria e Suíça, trouxe um euroscope, magnífico aparelho, com que dotou sua oficina, próprio para tirar retratos diretos até o tamanho natural. Teve como sucessor seu próprio assistente.
FONTE: DICIONÁRIO HISTÓRICO-FOTOGRÁFICO BRASILEIRO
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